segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Dois zeros à esquerda + 7

Olá amiguinhos!
Fiquei sabendo que um ator que gosto muito (não vivo só de Tom Hardy, viu!), Javier Bardem, vai participar do novo filme do 007. Confesso que senti um frio na espinha. Primeiro porque Javier deve ser um vilão, e como todos os vilões dos filmes do Bond, vai ser derrotado de maneira meio estúpida. Segundo que eu não curto muito os filmes do Bond, James Bond e não queria ver o Javier (muita intimidade com os astros espanhóis) numa franquia que acho machista. Isso mesmo, machista!

Será que o Bond vai poder com esse borogodó espanhol? UIA!

Não creio que sou daquelas que vê machismo até no reflexo de uma poça, mas sempre me incomodaram certas coisas nesses filmes. Como não sou o Rubens Evald Filho, que viu todos os filmes do clube de vídeo das múmias paralíticas, vou me concentrar nos da época do Sean Connery e os mais recentes, do Pierce Brosnan e do Daniel Craig. Aqueles filmes do Roger Moore, francamente, querido, eu não ligo a mínima (by Rhett Butler)!
Segundo o (Charles)Wikipédia, o personagem James Bond foi criado em 1953. Vamos combinar que nessa época as mulheres ainda não tinham praticamente voz ou expressão. Foi só na década seguinte, nos explosivos amos 60, que a revolução feminina tomou as ruas. Exigimos o direito ao nosso corpo, à nossa voz, à nossa sexualidade e ao trabalho longe do fogão. Demorou bastante (e ainda está longe do ideal), mas hoje nós deixamos de ser apenas os objetos do desejo e satisfação erótica dos heróis dos filmes. Você se lembra daquelas películas dos anos 80, que as mulheres, além de serem lindas, gostosas e terem péssimos figurinos e penteados, só sabiam gritar? Pois é, hoje isso não é mais tão aceitável como já foi um dia. Numa época pós-Trinity, pós-Angelina Jolie, pós-RIPLEY, não dá mais pra concordar com mulheres apenas como figuração seminua do filme. Mas a série de filmes de James Bond continua com a mesma cabeça de 1953... Pode isso, Arnaldo?
 Essas eram as gatas da época em que o Bond foi criado... será que nada mudou?

Vamos lembrar, no melhor estilo Tia Loló, como são os filmes do 007? Todo filme tem 2 Bond girls, certo? Ambas cairão no charme de James Bond (mesmo se o ator que o interpreta já tá meio idoso para o papel). Uma delas vai morrer. Seja ela vilã ou não, apenas uma mulher adúltera (que para alguns homens é pior que vilã) que foi seduzida por Bond. E ele será a razão da morte dela. A que sobreviveu, ficará com o agente no final e muito provavelmente estará na cena final, com direito a insinuação de sexo. Se você viu algum filme de Bond e nada disso aconteceu, com certeza você alugou (baixou) algum outro agente secreto, meu bem.
No filme mais recente do Bond, Cassino Royale, que por sinal é um filme muito bom e bem feito, tem uma das cenas mais machistas de toda a franquia. A personagem Vesper Lynd, vítima de uma chantagem, trai James. Mas apaixonada, ela se mata. Quê? ELA SE MATA!! Olha eu já vi heroína se matar por amor, por depressão, pra encontrar o amado no além, o diabo, mas como aceitar uma mulher que se mata por vergonha de ter traído o homem que ama? Sendo que a pobre era uma vítima também! “Mas Tabby, sua feminista intransigente, se ela não morresse, não teria todo o drama final do filme, o Bond não seria um sujeito com o coração partido!”. Sinceramente? Vai-te-a-merda! Ela poderia ter levado um tiro de um inimigo, podia ter levado uma pedrada na cabeça, ou simplesmente ter dado um passa-fora no Sr. Bond e ter seguido com a vida dela! Mas qual destino merece uma fêmea que trai seu macho-alfa por causa de outro macho? Uma passagem só de ida para o vale dos suicidas! Desculpem, mas é demais pra mim!
 Direto da Paraíba, Daniel Craig se saiu bem de Bond ao lado de Eva Green em Cassino Royale.

Essa é a minha bronca com a franquia. Ela ainda tem valores da década de 50 e devem achar que mudar isso é mexer na essência do 007. Mas se o próprio personagem veio se modificando para acompanhar as novas gerações, por que insistir nessa palhaçada? Por que não criar Bond girls mais inteligentes e com melhor participação na trama? Isso vai contra a essência de 007? Qual essência? A machista? Cada Bond representou uma geração, tinha novas tecnologias e até a personalidade dele se adaptou. Acho o personagem legal, essa nova versão do Craig é bem bacana. Mas as mulheres continuam no mesmo papel imbecil de antes. Serem lindas, morrerem com classe (uma coberta de ouro e outra óleo, que lindo) e ponto.
“Você não entende os filmes do Bond porque é mulher! Filme de ação é coisa de homem!!”. Isso é muito ridículo, claro que gosto de filmes de ação! Muitas mulheres gostam, assim como muitos homens gostam de romances. Gosto de muito tiro, explosão, corre-corre, se tiver roteiro, melhor ainda! Divertia-me horrores com aqueles filmes clássicos de ação da década de 80, como Duro de Matar e Comando. Queria muito poder aproveitar os filmes do agente britânico, mas é complicado. Esse último então, Quantum of Solace, precisava nem ter existido de tão péssimo. E não digo isso por questões de gênero, o filme é uma bosta mesmo!

 "Não curti esse blog de merda! Olha que te dou um tiro, piranha!"

Uma vez li que o diretor James Cameron se recusava a dirigir Bonds por ser uma série machista. Amigos, pensem comigo: esse sujeito é que nos deu a Rose de Titanic, a Sarah Connor de Exterminador do Futuro e que colocou a Ripley em um MECHA! Precisa dizer mais alguma coisa? Não estou pedindo muito não, só que ao invés de encher a abertura de silhuetas de mulheres, realmente coloquem alguma mulher para ser mais do que a “gostosa que vive ou a que morre”.

Para que os fãs de 007 não saiam tristes desse blog, a franquia nos deu muitas coisas boas sim, talvez a melhor seja essa: 

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Eu não sei fazer, mas isso não me impede!

Olá amiguinhos!
Como vocês já leram num post anterior, eu morro numa grana todos os meses para satisfazer meu apetite por shoujo (e brindes fofos, claro). Assino a Ribon e a cada revista que chega pelo Sr. Correio, mais feliz eu fico. Ainda mais agora, que parece que a Yoko Maki vai voltar (todos comemora). Mas é claro que a revista não vive só de Nanas Harutas e Natsumi Oouchis, algumas desenhistas estão em um nível abaixo.  Mas mesmo assim, existe uma artista que mesmo não sabendo fazer cenas de ação, tiros e sujeitos fortes e mal encarados, não se faz de rogada e coloca tudo isso na história, mesmo com pouca habilidade. Kasumi Yuuko é seu nome, o nome da inspiração.
O nome da história é extenso: Marimo no Hana - Saikyou Butouha Shougakusei Densetsu. A história, segundo o Baka-updates, fala de Marimo, que se torna uma lutadora para acabar com os delinquentes. Esse mangá sai na Ribon, é shoujo e praticamente todo episódio tem luta e pancadaria. No último capítulo que tenho aqui em casa, até uma vidraça foi estilhaçada pela nova vilã na base da metralhadora. Isso deixa claro que não só de pão vive o homem e nem só de romance vive o shoujo mangá. É claro que a protagonista tem o seu interesse romântico, mas até aí, o Rambo também tinha. Beijos e flores ficam em segundo plano nesse mangá, pois o que come solto mesmo é a porrada. Bem feita ou não.
O interessante aqui é que a desenhista nitidamente não sabe desenhar muito bem as cenas de luta. Evidente que não estamos cobrando que ela seja um Akira Toriyama ou um Oh Great, afinal, é tudo dentro de uma estática shoujo, em primeiro lugar (o que não impede que uma desenhista de shoujo humilhe em cenas de ação, como a Yoko Matsushita, do mangá Yami no Matsuei).  Mas embora alguns desenhos de Kasumi Yuuko fiquem estranhos, não podemos dizer que ela desenha mal. A anatomia e principalmente a quadrinização são bem feitas, como se espera de um desenhista profissional. Mas chama a atenção certas cenas e personagens que acabam causando um certo riso contido. O que mais me impressiona em tudo isso é a cara de pau, quer dizer, a determinação da desenhista em prosseguir desenhando essas cenas tão complicadas. Requer uma boa dose de auto-confiança...
 Marimo desce o pau!

Talvez essa seja a razão da minha admiração à Kasumi Yuuko. Mesmo não fazendo algo lá muito bom, ela segue firme e tenho certeza que achou seu público, pois esse mangá parece vender bem. Já me arrisquei desenhando cenas de lutas de artes marciais e me saí muito mal. Não são nada fáceis. A pior parte é idealizar a luta em si. Tento ver filmes, ver animês, mas a minha criatividade é limitada nesse aspecto, só vou até o primeiro chute! Por isso me identifiquei muito com Yuukinha (é muita intimidade com as artistas de shoujo mangá), pois assim como ela, não faço essas cenas direito. E assim como ela, vou continuar tentando! XD 
 Alguns personagens são bem toscos...

O meu objetivo é melhorar a cada novo trabalho, mesmo que os desafios pareçam enormes. Até os mangakás que tanto admiramos, não são bons em tudo, tem falhas e dificuldades como todos nós. Por isso quem estiver lendo, gosta de desenhar e as vezes pensa em desistir porque é muito difícil e você não se acha bom o bastante, lembre-se da Kasumi Yuuko! Ela pode não ser a melhor desenhista de cenas de luta, mas a história que ela defende na Ribon é das mais divertidas! 

 Tentar eu tentei, né....

O importante é continuar se esforçando ao máximo!

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Fechando a tampa: Harry Potter

Olá amiguinhos!

Como vocês sabem, eu sempre chego atrasada nos assuntos. O último filme do Harry Potter já saiu de cartaz faz tempo, mas só na semana passada pude assisti-lo. Mesmo assim resolvi falar um pouco sobre o assunto. Depois de ver todos os filmes, ler a obra completa, vamos fechar a tampa do caixão do Harry Potter, enxugar a última lágrima e deixar o cemitério das franquias milionárias com a sensação de que vai ser difícil esquecer o bruxinho...

Durante todo esse tempo (e bota tempo nisso) sempre consegui ler os livros antes dos filmes serem lançados. A obra da J.K. já recebeu inúmeras críticas, por ser mal escrita, por ser rasa e sei lá mais o quê, mas a grande verdade é que os livros são muito divertidos. Não todos, claro. O quinto livro, A Ordem da Fênix pra mim é o mais fraco, muuuuuita enrolação, a coisa só engrena mesmo no final. Mas em compensação o terceiro, O Prisioneiro de Azkaban é para mim, ainda hoje, o melhor de todos da série. E vamos combinar que a maioria dos haters da J.K. devem rolar na inveja da tia estar montada na grana!

 "Mulheres Rycas? Querida, meu papel higiênico é um rolo de notas de 100!"

Mas vamos falar dos filmes, já que acredito que mesmo sem ler uma linha do livro, você deve ter passado os olhos em alguma das intermináveis reprises no SBT.

Quando o primeiro filme, a Pedra Filosofal, saiu, a única coisa que ficava em minha mente era o quanto aquelas crianças eram fracas! A Hermione (Emma Watson) ainda era a melhorzinha, mas os outros dois eram ruins de doer. O Rony (Rupert Grint) então dava pena! Os atores mais velhos davam conta do recado, com destaque especial à Maggie Smith e ao Alan Rickman. Este último, segundo reza a lenda, não foi a primeira escolha para viver o professor Snape, mas sim o ator Tim Roth. Roth regula melhor em idade com a cronologia da série, mas o Snape de Rickman é inesquecível. Tanto a Pedra Filosofal, quanto a Câmara Secreta foram dirigidos pelo Chris Columbus que ainda tem que voltar numas quatro encarnações para ser chamado diretor. Esses dois filmes são, de longe, os mais fracos. Adaptações loooongas e praticamente literais dos livros. Só os fãs mais entusiasmados não cochilaram...
 O tempo passa... com ferro Black & Decker! 

Acho que se a coisa não tomasse um rumo totalmente novo no terceiro filme, a franquia no cinema poderia estar seriamente comprometida. Mas uma luz acendeu na cabeça de alguém e chamaram o talentoso Alfonso Cuarón pra tocar o barco. Ele conseguiu dar o ar sombrio à saga que se tornou padrão em todos os filmes seguintes. A literalidade deu espaço às adaptações inteligentes e finalmente Harry Potter ganhou um filme. Além de tudo isso, Cuarón conseguiu que as crianças (agora jovens, né?) atuassem e de quebra trouxe pras telas o VERDADEIRO Dumbledore, o incrível Michael Gambon. O Richard Harris defendeu seu Dumb como pôde, mas ele parecia muitos milênios mais velho, cansadão, só faltava deitar! E deitou, né? O ator faleceu e abriu vaga na série para um Dumb infinitamente melhor. Os filmes seguintes se banharam em tudo que foi inaugurado no terceiro. Ainda bem! Tanto que o quinto filme, a Ordem da Fênix, é muito melhor que o livro! 


 Que Deus o tenha! Vai em paz! Amém!

Ao contrário de outras franquias milionárias (como os Crepúsculos), Harry Potter sempre conseguiu reunir a nata inglesa, sem espaço para aqueles atores ultra inexpressivos e baratíssimos, formados por correspondência (alô, família Cullen?). Ter o Ralph Fiennes de Voldemort deu uma dignidade a serie, que vamos combinar! O cara é demais! E o que dizer da louca da Helena Boham Carter? Aquela cena (que não tem no livro) na qual ela taca fogo na casa do Hagrid, em O Enigma do Príncipe, me fez rir alto! Alias, preciso falar sobre o Hagrid. Eu ODEIO o Hagrid. Imaginem a minha revolta ao ler sobre as mortes de personagens tão queridos como o Sirius (cuja escolha de colocar o Gary Oldman foi batata!), Dumb,  Lupin e chegar na página final do último livro com a certeza que esse mala ficou vivo! Poucas vezes me deparei com figura mais inútil e irritante quanto esse sujeito! O Robbie Coltrane até que defendeu o Hagrid com a dignidade que o personagem permitia, mas ainda assim preferia que ele tivesse virado almoço da Nagini!

 Arrasamos galera! Agora vamos jogar aquela picanha na brasa e comemorar no churrascão dos Malfoy!

O filme final, em suas duas partes, encerrou a franquia muito bem. Enquanto a enrolação na tenda rolou solta no livro, o filme deu um jeito de não tornar aquilo sacal. As cenas mais impactantes da primeira parte, como a briga na mansão Malfoy, a ida ao Ministério e a morte do Dobby foram muito bem feitas. Já na segunda parte, o couro comeu mesmo, logo de cara! Confesso que me choquei com a morte do Snape, coisa pesada! E que lembrança Heathcliffiana, hein? Olha, Wuthering Heigths pode não ser aquele livro que todo-mundo-adora-e-venera como Orgulho e Preconceito, mas a influencia dele em outras obras (de filmes, novelas, mangás e o diabo) é inquestionável! Nada me tira da cabeça que o Snape tem SIM um espírito Heathcliff! XD

Snape e Heathcliff: amor eterno, desilusão, amargura e peruca!

Entre as muitas coisas bacanas desta segunda parte, foi poder rever o Sirius, que sempre foi um dos meus personagens favoritos, o Dumb num momento “Nosso Lar”, a virada de mesa do Neville (que até terminou com a fofa Luna, coisa que infelizmente não tinha no livro) e a participação do Ciarán Hinds (mais disfarçado que os participantes do “Quem é o artista misterioso?” do Viva a Noite) como o irmão do Dumb. Confesso que fiquei com medo da cena final, na qual os personagens aparecem mais velhos. Mas me surpreendi positivamente. Sei lá se foi maquiagem ou efeito especial à Benjamin Button, mas deu muito certo. Não sei se este filme irá pescar algum Oscar (ou vários, como foi o caso do Senhor dos Anéis), mas se vale de consolo, foi a melhor performance do Daniel Radcliffe evah!

Agora é cada um por si! Vamos à luta no glamour!

Eu me considero uma fã da série e lamento o seu fim. Era emocionante esperar pelo livro seguinte assim como correr pra ver o trailer do próximo filme. Harry Potter abriu a porta para as franquias milionárias baseadas em livros infanto-juvenis, mas duvido que qualquer uma delas possa se equiparar a do bruxo. Os Crepúsculos eu nem comento! O tempo se encarregará de fazer aquilo datar e se tornar aquela lembrança de vergonha alheia para quem foi fã. Jogos Vorazes eu nunca vi, nem li, só ouço falar (by Zeca Pagodinho). A sinopse me lembra de Battle Royale, a vocês também? Aquele tal de Percy Jackson é pra rir, né? No fim das contas a gente fica com a sensação que a obra da J.K. não é mesmo tudo que os haters falam dela. Se assim fosse, por que as outras franquias ficam sempre comendo poeira?

Para os fãs só resta mesmo as lembranças. Mas quem sabe a J.K. não escreve sobre os anos ausentes, como tudo se deu até a cena final, como Harry e Gina se casaram ou em quê a Hermione está empregando seu brilhantismo? Uma aventura com os filhos deles, talvez? Acredito que para em um futuro mais distante, se faça um remake da série com novos atores, ou Harry Potter em outras mídias, como séries de televisão, desenhos ou quadrinhos. Se a saudade apertar, o jeito é reler os livros e assistir novamente os filmes. Sinceramente? Será um prazer.

Acabou, porra!






quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Tem coisas que só o shoujo mangá...

Olá amiguinhos!

Recentemente, a grande amiga e fofa em período integral Juliana Loyola (que você deve conhecer devido aos seus desenhos lindos na DA e por aí afora) me recomendou o mangá shoujo Aoharaido (Ao Haru Ride). Demorei um pouco para baixar, devido o corre-corre da vida, mas na semana passada comecei a ler. E já amei! O mangá é muito cativante, tem uma história de amor que vai se escrevendo de forma linda e o desenho da autora Io Sakisaka é muito agradável e bonito. Já estava sentindo saudade de ler um mangá shoujo. Durante a leitura, fui percebendo que tem certas coisas que só mesmo o shoujo mangá pode te oferecer.
 Aoharaido é muito lindo!

Em alguns posts anteriores (inclusive o da crítica à Ação Magazine) eu falei sobre narrativa mangá, que era cinematográfica e coisa e tal. Esse jeito de contar a história pra mim não há comparação e quando você lê mangás shoujo a coisa toda parece ainda mais mágica. Tudo ali está a serviço do sentimento, da leitura que vai além de entreter, te toca de uma maneira especial e única. As autoras parecem especialistas em falar diretamente ao seu coração e de todas as maneiras possíveis e de formas que sempre te surpreendem. Por que uma simples cena de abraço faz o coração da gente acelerar? Que raio de magia é essa que elas parecem dominar tão bem? Deu pra sentir que sou fã de shoujo mangá, né? XD
Hoje em dia eu ando só lendo shoujo mangás. Não por ódio ao shonen, nada disso, mas é uma questão de gosto. Os mangás shonen que me aparecem pela frente não estão falando o que eu quero ouvir. “Mas você precisa conhecer outros materiais, querida! Viver de shoujo escolar não vai te lavar a lugar algum! Leia Bakuman e ...” CALA A BOCA! Eu leio o que eu quiser! E se nesses mangás “da hora” tiverem cenas tocantes como o conselho do Shigure em Fruits Basket ou como o Rei e a Kira construindo um castelo de areia, lerei com prazer! Mas não tem! E o que eu quero é muito sentimento, romance e tramas com personagens lindos e cativantes, dá licença?
"Levei a Tabby-chan às lágimas com meu conselho! Sou foda!"

Já vi algumas pessoas meterem o pau em mangás shoujo e dizerem ser inferior aos shonens. Com poucos cenários e desenhos pobres. Tem gente que não consegue entender porque uma página tem apenas um balão e uma flor despedaçada ou o porquê tantos closes. Olha, sem querer julgar as pessoas escrotas, mas quem diz isso ou é seco de sentimentos ou não leu merda nenhuma da história e na falta do que fazer, vai encher o saco falando besteira. A narrativa do shoujo se difere muito da do shonen e dos outros mangás. Gastar página com um balão e uma flor com certeza tem algum significado, aquele balão dificilmente será uma frase sem importância no contexto. Compreender isso e deixar o preconceito de lado ajuda a curtir um bom mangá shoujo.
Ao contrário do que a maioria pensa, shoujo não é só romance na escola. Existem os mais diversos temas e pra todas as idades. Mas confesso que curto mesmo um mangá escolar! XD Sou muito romântica sabe Bial, eu prefiro mesmo as histórias de amor. A emoção do encontro dos apaixonados, as reviravoltas, as meninas malignas que se voltam contra a heroína, aquele bullying básico, o primeiro beijo... Imagino que deva ser como o primeiro despertar do KI do personagem principal para os fãs de shonen! Pura emoção!! E essa felicidade, esse sonho, recheado de meninas lindas e rapazes maravilhosos, só mesmo o shoujo, gente!
É muita emoção, Glória! Não dá nem pra falar!

Eu que me arrisco nos desenhos mangá, como o pão que o Mister Satã amassou para conseguir organizar minhas ideias em uma narrativa tão única. Não é colocar um quadrado atrás do outro como insinuou o Anônimo, é mais, muito mais! Será que conseguirei fazer meus personagens demostrarem toda a emoção que o momento pede? E será que terei capacidade de construir cenas que toquem meus leitores, que se tornem inesquecíveis em suas memórias como tantas mangakás fizeram comigo? Tem que gambater muito pra chegar lá...

Pra encerrar esse post meloso e cheio de coisa nenhuma (mas muito, muito amor pelo shoujo) vou contar uma historinha pra vocês:
Quando mais nova, eu era uma menina muito romântica (e booooba), vivia sonhando acordada nas aulas, pensando em filme de amor, nos meninos mais velhos (os da mesma idade sempre eram bestas e irritantes) e quando a aula já estava ficando cansativa, eu dava asas à imaginação. Um sonho recorrente era no qual um sujeito super-lindo-gato-nível-tom-hardy entrava pela porta na base da ignorância e na frente de todas as meninas que me ignoravam e me tratavam mal e do professor embasbacado, me levava dali e juntos deixávamos a escola em sua moto, rumo ao clipe Teenage Dream da Katy Perry. Evidente que isso nunca aconteceu. Mas não posso dizer que levarei essa frustração para o túmulo, uma vez que graças ao shoujo mangá, essa fantasia se realizou. No exelente (meu favorito pra toda a vida) mangá Mars de Fuyumi Souryo, o personagem Rei Kashino invade a sala de aula e arrasta sua amada Kira para fora dali. Em seguida vão juntos de moto para a praia. Imagina a minha emoção, espanto e alegria ao ler essa parte? Eu quase pulei do sofá! Como a fuyumi entrou na minha cabeça e desenhou a minha fantasia com tamanha perfeição?  Por mais que eu viva, jamais esquecerei esse momento. A cena é tão linda pra mim, tão tocante, que até quando revejo no dorama de Taiwan, me acabo em lágrimas.

Mars: esse mangá é luz!

Quem disse que felicidade não pode ser comprada (ou baixada)?


  
Eu também amei essa parte!

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Te prepara, nêga!: Sinais do fim do mundo

Oi pessoal!

Estamos em 2012, né? Como se sentem? Até agora, parece que tudo está normal. Afinal, o fim do mundo mesmo está previsto para 21 de dezembro. Até lá, vamos aproveitar! XD Confesso que não acreditava muito nessas coisas de fim dos tempos, calendário maia e coisa e tal, mas fui percebendo que realmente estamos na reta final, o mundo vai acabar. Os sinais estão claros! Estão evidentes! Deus (Buda, Alá, Kami-sama, como queira) está jogando na nossa cara que o nosso tempo acabou e a fatura vai ser cobrada! Vou mostrar alguns sinais que o fim chegou e que esse foi o seu último ano comendo chocotone, pois em 2012 não terá natal! Sente o drama:


Akira vai virar filme em Hollywood

"Tô muito puto! Robert Pattinson??!! Ninguém merece!!"

Se isso não é um sinal do fim, o que é? Depois do tenebroso Dragon Ball, resolveram sacanear o Akira no carão! Se a sinopse divulgada no site Omelete for verdadeira, não é preciso mais provas sobre o destino da humanidade: é o buraco! Onde já se viu colocar o Kaneda pra trabalhar num bar e ser irmão do Tetsuo! E terá uma tal de Ky Reese, ou seja lá que nome tenha essa personagem que já nasce fracassada, destino de qualquer coisa que envolva a anêmica e inexpressiva Kristen Stuart! E parece que a mente de Tetsuo será controlada por Akira, que deve ser uma criança maligna, tipo o Ushio (o moleque branco do Grito)! Será que dá pra cagar um pouco mais? Sempre dá! É só chamar a lokassa da Helena Bohan Carter para viver Lady Myako e aquele água de salsicha do filme Tron – O Legado para ser o Kaneda! Que meia o Katsuhiro Otomo cheirou para permitir que fizessem essa canalhice com a história dele? Acho que não somos nós que temos complexo de vira-lata e queremos ser vistos pelos americanos! Não é possível que permitam tal absurdo com um dos animês mais icônicos da história dos animês icônicos! Só me resta dizer: “Como assim, Bial?”

Rain vai para o exército e só sai de lá em 2013

"Pelo menos serei o mais gato de todas as forças armadas coreanas! Quiçá mundo!"

Ou seja, nunca mais veremos o Rain, pois o mundo acaba antes. Nunca consegui entender porque os rapazes são obrigados a servir o exército. Aqui no Brasil é a mesma babaquice! Se de hoje para amanhã entrarmos em conflito com a Bolívia (acho que a gente teria chance de vencer essa), os homens serão convocados de qualquer maneira! Como engolir que o Rain fique tanto tempo longe, quando poderia estar cantando, dançando e encantando?! Até Hollywood já começava a descobri-lo! Se isso não é um sinal que há algo de muito errado com esse mundo nosso de cada dia, não sei mais o que é! Só nos resta ver Full House pela quinta vez...

Casseta e Planeta volta a televisão em 2012

Para 2012 espere muito sofrimento, gente gritando em desespero e sangue nas ruas. Tudo isso vai acontecer antes das trombetas tocarem, pois os divertidíssimos cassetas voltarão à televisão. Destinados a tornarem o mundo um lugar ainda mais insuportável, prometem novidades (mentir faz parte da arte de fazer rir) e contam com a atriz (?) Maria Melilo no lugar da Maria Paula. Nada contra a Maria como atriz, que nunca vi atuar (ela é formada no curso do Wolf Maia, ok?), mas entre ela e um pato rouco, eu ficava com o pato rouco. Patos são engraçados! Vai dizer que você não acha o Patolino e o Donald engraçados?! Pelo menos alguma graça o programa ia garantir... XD Depois de tanto tempo nos torturando com seus programas e filmes lamentáveis, não podiam deixar o nosso mundo acabar numa boa? Além do fogo caindo dos céus, ainda terá Casseta e Planeta na tevê? Por que Deus?! O que fizemos de tão grave??!! Ok... pensando bem, até que merecemos....

   Confessa, vai! Você deu um sorriso com essa foto!

Adele embala o romance de Pereirão e Renê

Quando ouvi a música “Someone Like You” da Adele tocando no Zorra Total, digo, na novela Fina Estampa, tive a certeza que de 2012 não passarás. Romances de novelas embalados por temas românticos internacionais sempre foram comuns, assim como a vergonha alheia que eles proporcionam. Desculpe, mas eu acho estranho. Tem tanta música brasileira linda pra tocar na novela, pra quê ir buscar a Adele, a Celine Dion, a Tony Braxton? Mas tudo bem, é o costume. Mas aqui a coisa toda tomou proporções apocalípticas! Lilia Cabral é ótima, mas a química, a física e a biologia com o Dalton Vigh passou looooooonge! Tudo bem que ter química com o turn off do Dalton é mesmo complicado! Enquanto uns são “puro fogo na charneca”, outros são “geada com possibilidade de granizo na charneca”! Você fica constrangido de ver o casal apaixonado e acaba dando graças aos céus da canastrissima Teresa Cristina entrar em cena e separar a dupla. O casal é tão sem graça que quando a pobre da Adele começa a cantar dá vontade de dizer: ”Já é dia 21? Falta quanto?”.

 Turn Off Vigh e Pereirão combinam tanto quanto feijão com pipoca!

Suposto fim da amizade entre P-nut e Tom Hardy

Em um twit misterioso (Tom ainda não tem twitter, infelizmente), P-nut disse que já não fazia mais parte da vida de Tom. Essa deve ser a notícia mais apocalíptica EVAH! “Mas quem ou o que é essa porra de P-nut?!” você deve estar se perguntando. P-nut era a sombra de Tom. Aonde um ia, o outro estava lá. Não falo de premières, coisa normal de levar os camaradas, mas até nas filmagens! Se o Tom tivesse algum histórico de viadagem eu ia desconfiar. Xiii... abafa (by Luciana Gimenez)! Era uma amizade de verdade, irmãos que se encontraram pela vida! Só pode ser o fim do mundo os dois se separarem assim! Como o Tom ainda não é aquele tipo de celebridade que é notícia no E! News porque comeu uma rabada e por isso não sabemos ao certo o que aconteceu. Mas é difícil de imaginar o Tom indo nas premières, nos espetáculos de balé, nas filmagens e nos programas de entrevista sem o P-nut pra dar aquela moral. O jeito é levar outra pessoa. Tom, essa semana eu tô livre, hein! 

 Fim do sonho: a separação

Tabby-chan terminou um de seus mangás

Sem dúvida, o maior de todos os sinais! Já lancei fanzine, já coloquei história na internet e nenhum dos meus fãs (pais, irmãos e avó) viu o desfecho de nada! Meu trabalho de fanzine mais conhecido, chamava Hot Witchcraft, teve 4 capítulos, muitas cartinhas na caixa postal e nunca soubemos qual o novo corte de cabelo do personagem Beiron. Um crime! Desculpem, queridos fãs! T__T Quando terminei a última página do meu novo mangá, Smells Like Mystery, eu soube que aquilo era tão bizarro que só poderia ser o início do fim. Mas, caso as previsões não se confirmem, vou tentar iniciar (e terminar!) mais mangás no futuro (próximo, espero). 



Como vocês puderam notar, separei apenas 6 sinais apocalípticos. O sétimo, o cabalístico, vocês estão livres para sugerir. Se os maias estiverem mesmo certos (o que eu sinceramente duvido, porque prever o fim do mundo foi moleza, mas prever que os espanhóis viriam dar cabo deles pra quê, né?) a gente se vê no além. Eu, com o blog dessa catiguria, vocês já devem imaginar pra onde eu vou. Tenho que me lembrar de levar um Cenoura & Bronze pra encarar aquele calorzinho esperto... 

  Enquanto isso, o jeito é curtir!